Rafael Azevedo/Agosto de 2022Compartilhar
O uso da tecnologia para tarefas do cotidiano foi ainda mais estimulado nos últimos anos. Todo mundo usa algum aplicativo ou alguma plataforma para trabalhar, aprender, interagir e se divertir com outras pessoas. Com esse movimento crescente, uma necessidade ficou evidente: a preocupação com a privacidade dos usuários. Só em 2020, as pesquisas por “privacidade online” cresceram mais de 50% globalmente, em comparação a 2019.1
Diante deste novo cenário, as marcas precisam constantemente repensar suas estratégias digitais – ou acelerar transformações que já estavam em andamento. Para além de oferecerem uma experiência digital estruturada, elas têm que demonstrar que respeitam a privacidade e as informações pessoais de seus consumidores.
Com essas mudanças, governos de diversos países se envolveram para responder às preocupações de seus cidadãos e desenvolveram novas regulamentações de privacidade – ou fortaleceram medidas já existentes – com objetivo de aperfeiçoar o controle e a confidencialidade dos dados. No mesmo caminho, plataformas de tecnologia anunciaram e implementaram políticas para mudar a forma como os dados são coletados, compartilhados e medidos.
Para as empresas, é preciso olhar para esse momento com responsabilidade e como uma oportunidade de melhorar o seu relacionamento com atuais e potenciais clientes e, assim, se destacar no mercado. Para isso, faz-se necessário compreender os impactos dessas transformações e se adequar às novas demandas dessa indústria.
A nova era de privacidade no marketing digital
Quem não pode negar os efeitos desta nova era é o marketing digital. Muitas abordagens usadas até aqui para alcançar o público e medir resultados precisaram ser revistas e modificadas. À medida que a publicidade evolui para que os usuários tenham mais controle sobre seus dados, as marcas terão que investir mais e mais em dados proprietários.
Para lidar com este impacto se faz necessário preparar estratégias a partir do investimento em soluções seguras e duráveis de privacidade. Além da construção de uma base de dados proprietários, com consentimento dos usuários, a automação também é uma ferramenta que ajuda no desempenho de suas campanhas, ao mesmo tempo que garante ao usuário a transparência e a segurança almejadas.
É importante evitar atalhos, como técnicas de coleta oculta. Adiantar-se para atender e superar as crescentes expectativas dos consumidores é focar na privacidade a longo prazo, priorizando a adaptação ágil em um ambiente que muda constantemente. É possível um alinhamento para obter a eficácia na performance desejada pelos profissionais de marketing e também proteger a privacidade dos usuários. Isso é o que se chama de crescimento aliado à privacidade.
O papel do profissional de marketing
Como um profissional de marketing, sua meta deve ser preparar a sua empresa para o futuro da publicidade, aproveitando ao máximo os recursos disponíveis. A partir da vinculação de dados primários, é possível dobrar a receita incremental, já que esses dados são mais eficazes para oferecer produtos e serviços relevantes e de maneira precisa para seus clientes.2
Mesmo que ainda exista receio entre os profissionais sobre como implementar medidas sem ajuda de cookies de terceiros e que todo o setor tome um tempo até adotar efetivamente tecnologias de proteção de privacidade, o foco deve ser o acompanhamento dessa reformulação para, mais para a frente, colher-se os frutos dessas adequações.
LGPD como ponto de partida
Para que os consumidores se engajem e compartilhem seus dados, eles precisam se sentir protegidos e compreender o que está sendo feito com suas informações. No Brasil, desde setembro de 2020, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGDP) regula como as empresas e o poder público devem tratar dados pessoais no país. É importante considerar a nova lei em suas estratégias, já que ela protege os direitos dos usuários, ao mesmo tempo que favorece o desenvolvimento dos negócios.
O uso de dados proprietários está alinhado à LGPD, pois garante uma maior segurança ao usuário, uma vez que a empresa possui o controle da origem dos dados e do contato com o titular, incluindo quais informações são fornecidas no momento da coleta.
Da mesma forma, a mensuração e a ativação dos dados devem ser desenhadas com a preocupação de garantir a proteção de dados. Esse cuidado também possibilita o cumprimento da LGPD e demais leis de proteção de dados aplicáveis.3
É possível respeitar a privacidade do usuário sem atrapalhar os resultados comerciais. Hoje em dia, existem muitos recursos para que você aprimore suas conexões com os clientes considerando o direito deles a transparência e segurança. No novo Guia da Privacidade do Google, você confere mais dicas para aplicar em suas estratégias, além das ferramentas disponíveis que você pode usar em busca do crescimento aliado à privacidade no seu negócio.
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